Muitos catarinenses reclamam da indiferença com a qual a mídia brasileira trata o estado de Santa (e bela) Catarina. Costumeiramente, falar no Brasil é falar da praia de Copacabana, do Cristo Redentor e de bossa nova. Ou seja, é falar do Rio. Quando não, do carnaval de Salvador, do Nordeste em geral, da Amazônia e em São Paulo. Engrandecer as belezas e forças do nosso país é sempre válido, mas é uma perda relegá-las apenas a determinadas culturas e regiões.
A Serra do Rio do Rastro, localizada no sul de SC, é um exemplo de beleza natural preservada, que guarda um potencial latente que merece ser explorado. Fica no município de Lauro Müller, perto de minha cidade, e trata-se de um conjunto de montanhas cerradas de mata atlântica, através das quais corre uma íngreme estrada que vai serpenteando até alcançar a altitude de cerca de 1460 metros de altitude. Lá, no mirante, é possível obter-se a visão do mundo lá embaixo, as cidades comumente veladas pelo lençol de nuvens, onde há pouco estávamos, acreditando serem estas nuvens o limite da visão do céu. Seguindo um pouco mais adiante, rumo a São Joaquim, chega-se a um trecho de rio largo e raso,  de água pura, cristalina, com cascatinhas e charmosas pedras proeminentes.
O conjunto deu-me a sensação de estar em um dos cenários de O Senhor dos Anéis. Lamentei não ter visitado o lugar muito antes no passado, apesar de ele estar ali, sempre tão perto.
A Serra e a cidade de São Joaquim são um dos poucos lugares no Brasil onde ocorre neve frequente, no inverno. Mas, apesar de todo o seu encanto, é incrível a falta de espírito empreendedor que impede o avanço do turismo no lugar. Na Serra você encontra faces da natureza difíceis de se conhecer na vida, e não muito longe da civilização, mas a falta de investimento em hotéis, pousadas, restaurantes e mesmo lanchonetes é desmotivador. Este tipo de negligência do povo local é, talvez, um dos motivos pelos quais o estado e suas maravilhas não são conhecidos, respeitados e aclamados como deveriam.
Unido isto à falta de investimentos públicos para impulsionar o desenvolvimento do lugar, a Serra do Rio do Rastro permanece, então, como um diamante a ser lapidado, contente, talvez, por ser ainda uma parte do mundo semi-explorada pelo homem.
| A pequena cascata | 
| Eu na beira da cascata | 
| "Quatis" da Serra | 
|  | 
| Neve na Serra do Rio do Rastro em 2010 | 
 








 
Jão adorei teu post, e o lugar realmente é lindo e merece mais atenção!
ResponderExcluireu particularmente já passei um final de semana na serra num lugar chamado snow valey e adorei, quanto a estrutura realmente poderia ser melhor, mais quem sabe esse não é o charme da serra. hehehehhehe
ps. tu vei pra cá e nem aparece pra dar um oi né o jaguara!
ResponderExcluirque cenas lindas... e olha que odeio frio. E fiquei pensando.... o que será uma personalidade castanha? abraço!
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluir