Paixão.
Isto é um mistério.
Matei tanta paixão em mim!
Estou fazendo isso agora mesmo, sabia?
Estou enterrando tudo como com um caminhão de areia.
Não, caminhão não. Tenho de confessar que não é um empreendimento tão simples. Digamos pá por pá.
Mas... paixão enterrada é ainda paixão, certo? Quero dizer, paixão não respira, não come, não precisa de sol para existir.
Bem, certamente paixão boa é paixão bem nutrida, bronzeada.
Será isso que me tanto machuca, então? Digo, são os cadáveres vivos das minhas paixões negligenciadas por todos esses anos que ricocheteiam em meu interior (remexem-se vivas a sete palmos de terra)?
São as feridas das paixões inflamadas que latejam agora nesse meu coração embotado dos sentidos?
 
 
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