2 de março de 2013

Django Livre

A maior ferramenta dos sistemas opressores parecer ser a condescendência dos oprimidos. Afinal, como divagou Calvin Candy no filme de Tarantino, por que aqueles negros no Mississipi não matavam todos os patrões ao invés de prestar anos de subserviência?

Quando se reflete pouco sobre os objetivos da convivência em grupo e não se exercita a empatia, hábitos nocivos passam a ser encarados como normais. "Normal": maldita seja esta palavra! Por certo estaria escrita na testa da Besta, se a Besta existisse. Somos seres humanos, nos adaptamos a tudo! Até mesmo ao que nos faz mal, infelizmente.

Até que surgem, de tempos em tempos - numa frequência demasiadamente longa -, as figuras de transição, os agentes da mudança. Pessoas que pensam, que agem e que inspiram. E inspiram um grupo, um núcleo, uma nação de oprimidos. E então a mudança se faz.

Começa primeiro como um urro e um entrave inarticulado por vingança. Depois passa-se a lutar por justiça.
Então a justiça se institucionaliza, até que o sistema se organiza e surgem novas formas de opressão. E novas vítimas da opressão.

E você, indivíduo? Onde ficam a sua liberdade, a sua dignidade e os seus direitos? Esperando pelo próximo movimento social?
Não! Lute, nem que seja por vingança!

Seja como Django, seja Livre!

Charge de Pawel Kuczynski (mais em: http://capu.pl/node/271)

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