12 de setembro de 2010

Baleia encalhada

Juro que não é uma rocha no meio do mar!

Nesta segunda semana de Setembro de 2010, uma baleia jubarte encalhou numa das praias aqui perto de minha cidade, que costumo frequentar. Foi entre a Praia do Sol e a praia sul de Itapirubá, em Santa Catarina.

Os biólogos acreditam que esta baleia já estava doente e que este foi, inclusive, o motivo por ter se afastado tanto das águas mais profundas.
O cetáceo de 15,8 metros de comprimento e de mais ou menos 50 toneladas, foi encontrado na terça-feira (dia 7) e ainda hoje (dia 12) está vivo, apesar de haverem-lhe realizado o procedimento de eutanásia.
Como o animal já encontra-se doente, os órgãos responsáveis da região não procuraram removê-la do local, e apenas aguardam sua morte.
Os biólogos pretendem apurar o motivo da doença assim que a baleia vier a falecer. A partir desse momento, irão remover amostras para realizar estudos e depois enterrá-la nas areias da própria praia (espero que eles tenham pensado em ficar com os ossos do bicho para expor depois, não é?)

Eu fui hoje com a minha família conferir a coisa toda, afinal não é sempre que nós temos a oportunidade de ver uma baleia de tão perto.
Na verdade, nem chegamos assim tão perto, pois a polícia ambiental isolou o espaço ao redor da baleia em uns 15 metros. Mas foi o suficiente para ver que a coitada ainda respira e esguicha água, mas pouco se mexe, nem faz som algum. Além do que, já está bem machucada e, de modo geral, é uma judiaria ver uma criatura tão nobre e grandiosa morrer lentamente.
A cabeça está à direita, e metade do corpo está abaixo do chão

Crédito ao jornal Notisul pela imagem.
Créditos ao jornal Notisul pela imagem.

Finalmente, após quase uma semana de encalhe, a baleia franca veio a falecer (15 de Setembro), depois de  os biólogos responsáveis terem aplicado, novamente, uma injeção para acelerar o óbto.



A morte nunca é uma coisa bonita, mesmo. E a imagem a seguir retrata bem essa situação...

Créditos ao jornal Notisul pela imagem.
Um titã caído.

Um comentário:

  1. JH, é mesmo muito triste. Quando li a sua crônica fui transportado para aquela praia, envolvido pelo efeito melancólico que um tipo de cena como esta pode provocar... através da foto, ainda mais: uma grande rocha viva sob um dia nublado e solitário. Não existe nada mais natural e impressionante do que a morte, e quando se trata da morte de uma criatura tão fascinante,o efeito é ainda maior.

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