19 de setembro de 2010

Poema sem título

A praia me chama
E eu tenho sede de aventura
O aqui e o agora não são pra mim
O que eu quero está sempre mais alto
Não vou mais me confundir com a mobília
Eu não quero secar como as rochas da enseada
O nada se preenche com alegria
Com coragem se preenche o nada
Chore o violino
Berre o som da guitarra
Assim duelam o carnal e o divino
E eu corro pelo fio da cimitarra
Uma nuvem cobre meus olhos
Desbotados pelos tempos de disciplina
Liberdade a todos os povos!

Não quero mais me confundir com a mobília!

(Publicado em 2019)

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