6 de outubro de 2010

Tempo, tempo, tempo

Penso que, na infância, a vida é mais feliz por uma questão de percepção do Tempo. Porque, então, o tempo não existe; não entendemos direito o que é, ou, se entendemos, nos parece um conceito complexo e distante - irrelevante para nós crianças.
 Assim, cada minuto parece eterno. Mal percebemos a mudança do dia para a noite.

Quando nos tornamos adultos, contudo, passamos a entendê-lo, percebê-lo melhor e... a compreender que um dia tudo acaba. Passamos a contá-lo... a contabilizá-lo, de forma que cada segundo pesa na balança, e então o Tempo nos aterroriza.
Porque não conseguimos mais nos dar ao luxo de gastá-lo de uma forma não planejada, não racional - porque, afinal, ele acaba para nós.

Acabamos nos esquecendo, por culpa do peso das responsabilidades, que o tempo gasto sem querer é o tempo melhor investido.

por Felipe Bezerra do blog Muito Barulho por Nada.

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