18 de abril de 2011

Vampiros Interligados

Bem, eu não queria transformar este blog num compêndio sobre vampiros, mas se ele tem se referido tanto a este tema ultimamente, certamente é reflexo do que estou vivendo: um grande amor por estes seres fictícios e seu universo, que nasceu em mim quando conheci as “Crônicas Vampirescas”.
E este, é mais um poste sobre vampiros...
Ocorre que por estes dias, pesquisando imagens de vampiros no Google, deparei-me com um dos singulares pôsteres de filmes antigos (ênfase no “antigo”): Les Vampires, de 1915. Nele, a imagem daqueles rostos femininos do cinema “preto-e-branco”, com um olhar enfático contornado de forte maquiagem negra. É claro que fui ler sobre a obra, já que me intrigou. Descobri o que qualquer pessoa com cultura de verdade já sabe: que se trata de um famoso filme, marco de uma nova era para o cinema. A pesquisa dizia algo sobre o fato de Les Vampires ter dado início a uma fase mais comercial do cinema, com grande apelo ao surrealismo; ou seja, os primórdios desse mercado multimilionário de filmes de fantasia como Harry Potter e Homem Aranha, entre outros.
Bem, o fato é que a estória se desenrola na Paris de 1915, onde o chronicle reporter Philippe Guérande investiga a atuação de uma gangue de criminosos intitulada “Les Vampires”. A figura central do grupo criminoso é a mulher do tal pôster, Irma Vep (um anagrama de “vampire” – do francês “vampiro”).
Até aí, eu não havia realmente me preocupado em assistir ao filme, apenas guardei essa vontade na minha abarrotada gaveta mental de coisas para fazer no futuro. Alguns dias se passaram até que eu soube, por acaso – mas afortunadamente –, que o canal Viva iria reprisar a famosíssima novela global “Vamp”. A notícia me arrancou do presente e, por alguns segundos, fui levado a anos atrás, lembrando, vagamente, de Natasha, Vlad e do medo mesclado com interesse que eu sentia ao assistir à novela, quando era pequeno. Fui imediatamente assistir a um episódio reprisado e gostei muito.
Com a vontade revigorada por mais esta redescoberta, resolvi caçar mais vampiros e fuçar a internet atrás daquele Les Vampires que, embora não trate realmente de vampiros, fazia menção a isto. O filme é bem interessante e até meio cômico.
Depois de tudo isso, não pude deixar de fazer uma correlação entre tudo.
Bem, é que Anne Rice provavelmente se inspirou no filme Les Vampires para resolver escrever sobre o Théâtrê Des Vampires, liderado por Armand no Entrevista com o vampiro, que ficava em Paris e, como a gangue de 1915 liderada por Irma Vep, atuava nos palcos unicamente para encobrir suas reais atividades. Esta sombria moça – Irma Vep –, por sua vez, foi uma das fontes para a criação da popular sátira teatral estrelada no Brasil por Marco Nanini e Ney Latorraca, peça esta intitulada... “Irma Vap”! A peça fez tanto sucesso no país, que acho ter sido este o motivo de Ney Latorraca ter sido convidado a dar vida ao memorável Vlad, vilão de Vamp. Esta novela “Vamp”, todos lembram, é protagonizada por “Natasha” (Cláudia Ohana), que é uma vampira famosa por ser CANTORA DE ROCK!!! Vampira roqueira...? Tal qual Lestat, das Crônicas Vampirescas, de Anne Rice? Assim voltamos ao início.
Sim, eu posso ter viajado muito em um segundo, mas gostei dessa possível correlação entre as estórias, pois cada uma se encontra num extremo diferente da arte: literatura, cinema, teatro, telenovela... E eu, é claro, amo tudo isso.

Um comentário:

  1. Jão, Jão
    os vampiros são os seres ficticios que mais ocupam lugar na nossa mente, eu particularmente adoro acho que eles tem uma intencidade única!

    são adoraveis...
    ;D

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