13 de dezembro de 2011

Gosto da escuridão, por isso quereria tingir o mundo de negro. Como um polvo gigante, excrementar na rotina das pessoas que habitam esse planetazinho.
Não porque eu seja mal - o mal nem existe, não é assim tão simples -, mas para que a humanidade ficasse cega por alguns instantes, e desse uma pausa na sua marcha apressada e convulsiva em direção a sabe-se lá o quê.
Quereria que, impossibilitada de enxergar, dedicasse-se à reflexão. O que estamos fazendo? Para onde estamos indo? Que valores me guiam? De quê estou abrindo mão?
Assim, quando a escuridão passasse, até a mais insignificante cor teria beleza e respeito, e ninguém nunca mais deixaria de parar para admirar uma árvore, ao invés de derrubá-la por estar no caminho.

2 comentários: