Um pouco sobre o momento que estou vivendo:
“Passo pelo meio deste povo e abro os olhos; esta gente não me perdoa que eu lhe não invejo as virtudes.
Querem morder-me por eu lhes dizer que as pessoas pequenas necessitam pequenas virtudes, e porque me é difícil conceber que sejam necessárias as pessoas pequenas.
Estou aqui como galo em terreiro estranho, que até as galinhas lhe querem bicar; mas eu nem por isso conservo rancor a tais galinhas.
Sou indulgente com elas como com a pequena moléstia; ser espinhoso para com os pequenos parece-me um proceder digno de ouriços.
Todos falam de mim quando estão sentados à noite à roda do lar; falam de mim, mas ninguém pensa em mim.
Eis o novo silêncio que aprendi a conhecer; o rumor que fazem à minha roda, estende-me um manto sobre os pensamentos.
Eles vociferam: 'Que nos quer esta sombria nuvem? Andemos com cautela, não nos traga alguma epidemia!'”
(DA VIRTUDE AMESQUINHADORA I - Assim Falava Zaratustra, Nietzsche).
 
 
Não cheguei aí ainda! Mas essa passagem é fantástica!
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