30 de julho de 2012

Viver em grupo

O caos é ruim, a ordem é boa. Assim nos ensinaram.
Mas ser humano é ser um caos, e viver não tem sentido.
Quem então, inventou esses sistemas complexos? Essas morais, metafísicas, normas, matemáticas...?

Conheço a lei do respeito: posso fazer o que eu quiser, desde que não ultrapasse os limites da vontade do outro. Entendo que aí está o protótipo de todas as guerras de todos os tempos: tudo nunca é o suficiente, viver é expandir, e expandir requer pular a cerca do vizinho.

Este é só um exemplo de como é difícil viver em grupo, ainda que essencial. É tão difícil, mas tão difícil, e tão necessário, mas tão necessário, que nos sujeitamos a estas regras tolas e hipócritas de convívio.

Oferecer a outra face...
Esperar a sua vez...
Confiar...
Ser fiel...
Praticar a caridade...

Mas a pergunta que permanece é: até que ponto devo depenar o meu Eu em prol do outro? Quantas mordaças, quantos apertos de mão e sorrisos amarelos, são necessários para chegar ao ponto em que posso entender que é hora de ser eu - em que momento devo me autorizar?

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